terça-feira, 24 de dezembro de 2013

O vídeo introdutório do Curso Básico de Econometria, do livro Econometria Básica, de Damodar Gujarati, possui um equívoco ao trocar coeficiente angular por coeficiente linear na equação de regressão. Portanto, foi necessário fazer este vídeo de errata corrigindo o equívoco anterior. Além disso, traçou-se um gráfico de dispersão dos valores de Y, vale dizer, do consumo agregado dos Estados Unidos para os anos de 1960 a 2005, onde se verifica que o gráfico de dispersão fornecido pelo programa STATA 12 é exatamente igual ao fornecido pelo livro do Gujarati, 5ª edição. Aproveitando a ocasião, resolvi também mostrar neste vídeo a interpretação gráfica da propensão marginal a consumir (PMC), por meio de um diagrama feito pelo professor Dudley Dillard, num livro antigo, impresso em 1964, mas que reflete bem o postulado de Keynes na Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, de que o consumo não aumenta na mesma proporção que o aumento do rendimento.


Curso Básico de Econometria

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Curva de Phillips

Curva de Phillips
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A curva de Philips se originou a partir de um estudo realizado sobre a economia do Reino Unido no século XIX, onde se verificou a existência de uma correlação negativa entre o aumento dos salários e a taxa de desemprego: quando os salários subiam, diminuía o desemprego e se os salários reduziam aumentava o desemprego. Diante da forte relação entre salários e preços, esta curva se costuma utilizar representando a relação entre inflação e desemprego.
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Curva de Phillips
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Tudo começa com o estudo da demanda agregada, aumenta a tensão sobre os preços, o que faz com que os preços sejam pressionados para cima, e começam a subir. A economia está aquecida, pois o aumento da demanda agregada por bens e serviços faz com que o produto agregado também aumente, o que implica na necessidade de se contratar mais funcionários. Para atrair mais funcionários as empresas precisam aumentar os salários monetários, fato que atrai mais funcionários, ou seja, diminui o desemprego.
Contudo, o aumento dos preços faz com que os salários reais (salários monetários divididos pelo nível dos preços, ou a inflação corrente) sejam deprimidos.  Esta baixada dos salários reais faz com que o custo da mão de obra se torne mais barato para a economia, e as empresas demandam mais trabalho.
O que essa curva mostra? Resposta: um trade-off entre inflação e desemprego. Assim, a Curva de Phillips parece estabelecer uma alternativa às autoridades econômicas do país: escolher entre uma inflação baixa com elevado desemprego ou uma inflação mais alta com menor desemprego. Assim, o combate à inflação faz com que o desemprego aumente e, por outro lado, se quisermos lutar contra o desemprego e aquecer a economia a solução é aceitar um crescimento da inflação.
Contudo, no longo prazo, a Curva de Phillips se mostra inconsistente: ao longo prazo os salários nominais absorvem toda a inflação, ou seja, todo o aumento de preços, fato que implica no desaparecimento da queda dos salários reais, ou seja, os salários reais, no longo prazo, se tornam consistentes com os salários nominais recebidos pelos trabalhadores e as empresas se desfazem dos trabalhadores que inicialmente tinham contratado.Portanto, no longo prazo, a relação entre inflação e emprego não é inversa como no curto prazo.
Em detalhes, veja este movimento ao longo prazo:





Para mais detalhes, assista o vídeo abaixo: